15 de abr. de 2014

GASTRONOMIA CRIATIVA DA PARAÍBA: uma fórmula para a economia criativa do estado.


Imagem: Aluízzio Vieira - Prato: Tapioca Oriental de Camarão.


O Brasil vive um despertar para a indústria da criatividade gastronômica, onde os setores de inovação se articulam para oferecer um dinamismo na produção criativa de produtos e serviços, culminando assim, no desenvolvimento sócio – cultural e econômico do país, pois,
Segundo o Ministério da Cultura define economia criativa como:


“Os setores criativos são aqueles cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de um produto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor, resultando em produção de riqueza cultural, econômica e social”.


À luz desse conceito, a gastronomia toma proporções de relevante importância na inovação e no uso dos ingredientes e produtos regionais como indutores para a formulação e elaboração de pratos, renovando-a como atrativo turístico e como indústria criativa. Assim, (Fonseca, 2012) dizer que: “a gastronomia passou a ser reconhecida cada vez mais como indústria criativa de relevância econômica fundamental, nas cidades das mais diferentes escalas e de perfis socioeconômicos os mais variados”.

Diante do exposto, fica clara que a proposta de ressaltar e desenvolver esta ferramenta de divulgação dos talentos e produções locais é uma tentativa de alavancar a gastronomia criativa da Paraíba, a partir de ingredientes produzidos no estado e cozinheiros de alto poder de transformação, no intuito de conformar uma unidade de força culinária que rompas as barreiras da expectativa dos turistas e visitantes.

O grande desafio no desenvolvimento desta ideia, consiste em instituir uma gastronomia criativa, a partir de produtos tradicionais, com valor de estima e cultural, como por exemplo: a "bolacha sorda", um produto com estigmas e encontrado sempre na última prateleira dos mercados, podendo ser resgatado em outros formatos e texturas que leve o comensal ao delírio.

Outra grande dificuldade é induzir e provocar os cozinheiros locais a pensar e criar novas receitas, texturas e sabores a partir da oferta de produtos e ingredientes da região, aja visto que, os profissionais de cozinha da Paraíba ainda estão muito presos às convenções da mídia e da cozinha internacional.

A ausência de materiais científicos, acadêmicos e técnicos sobre os produtos e matérias primas da região, é outra deficiência na codificação de novas ideias para a elaboração de uma identidade gastronômica da Paraíba, para serem usados como referências, dentro e fora das fronteiras do nosso território.


Dificuldades a parte, a certeza é que o povo paraibano está dotado de inteligência cultural, emocional e criativa para dar a volta por cima e compor uma nova conduta na elaboração de uma nova gastronomia paraibana, onde as barreiras a serem transportadas devam ser a disciplina e fome de mudanças do cenário vigente.




TEXTO: ALUÍZZIO VIEIRA



FONTES:

FONSECA, Ana Carla. A Rendição às panelas - gastronomia e economia criativa. Canal RH. Disponível em: Acessado em 20 Nov. 2013

MINISTÉRIO DA CULTURA. Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações, 2011 – 2014. Brasília, Ministério da Cultura, 2011.

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