Imagem: Aluízzio Vieira - Prato: Tapioca Oriental de Camarão. |
O Brasil vive um despertar para
a indústria da criatividade gastronômica, onde os setores de inovação se
articulam para oferecer um dinamismo na produção criativa de produtos e
serviços, culminando assim, no desenvolvimento sócio – cultural e
econômico do país, pois,
Segundo o Ministério da Cultura
define economia criativa como:
“Os setores criativos são aqueles cujas atividades produtivas
têm como processo principal um ato criativo gerador de um produto, bem ou
serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor, resultando em
produção de riqueza cultural, econômica e social”.
À luz desse conceito, a
gastronomia toma proporções de relevante importância na inovação e no uso dos
ingredientes e produtos regionais como indutores para a formulação e elaboração
de pratos, renovando-a como atrativo turístico e como indústria criativa.
Assim, (Fonseca, 2012) dizer que: “a gastronomia passou a ser reconhecida cada
vez mais como indústria criativa de relevância econômica fundamental, nas
cidades das mais diferentes escalas e de perfis socioeconômicos os mais
variados”.
Diante do exposto, fica clara
que a proposta de ressaltar e desenvolver esta ferramenta de divulgação dos
talentos e produções locais é uma tentativa de alavancar a gastronomia
criativa da Paraíba, a partir de ingredientes produzidos no estado e
cozinheiros de alto poder de transformação, no intuito de conformar uma unidade
de força culinária que rompas as barreiras da expectativa dos turistas e
visitantes.
O grande desafio no
desenvolvimento desta ideia, consiste em instituir uma gastronomia
criativa, a partir de produtos tradicionais, com valor de estima e cultural,
como por exemplo: a "bolacha sorda", um produto com estigmas e
encontrado sempre na última prateleira dos mercados, podendo ser resgatado
em outros formatos e texturas que leve o comensal ao delírio.
Outra grande dificuldade é
induzir e provocar os cozinheiros locais a pensar e criar novas
receitas, texturas e sabores a partir da oferta de produtos e ingredientes
da região, aja visto que, os profissionais de cozinha da Paraíba ainda estão
muito presos às convenções da mídia e da cozinha internacional.
A ausência de materiais
científicos, acadêmicos e técnicos sobre os produtos e matérias primas da
região, é outra deficiência na codificação de novas ideias para a
elaboração de uma identidade gastronômica da Paraíba, para serem
usados como referências, dentro e fora das fronteiras do nosso
território.
Dificuldades a parte, a certeza
é que o povo paraibano está dotado de inteligência cultural, emocional e
criativa para dar a volta por cima e compor uma nova conduta na elaboração de
uma nova gastronomia paraibana, onde as barreiras a serem transportadas devam
ser a disciplina e fome de mudanças do cenário vigente.
TEXTO: ALUÍZZIO VIEIRA
FONTES:
FONSECA, Ana Carla. A Rendição às panelas - gastronomia e economia criativa. Canal RH. Disponível em: Acessado em 20 Nov. 2013
MINISTÉRIO DA CULTURA. Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações, 2011 – 2014. Brasília, Ministério da Cultura, 2011.
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